quinta-feira, 17 de maio de 2012

“Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos.”

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o rei Dom José perguntou ao General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna, o que se havia de fazer.

Ele respondeu ao rei: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.

Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar. Muitas vezes temos em nossa carreira de jogador, “terremotos” avassaladores como o de Lisboa no século XVIII.

A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva.

Esses “terremotos” podem ser de toda ordem: uma Bad beats daquelas ; um torneio que estavamos liderando até a mesa final e ai caimos em 11º ; erros incorrigíveis cometidos por nossos adversarios e que o Software colabora e bate o maldito flush na última carta, ou até mesmo aquela sequencia infindavel de mãos que nada bate e o nosso Banckroll vai reduzindo, vai reduzindo, vai reduzindo ... e ai você diz ... KTo, boa... Vai que bate" etc, etc.

Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida e no banck roll.

Quem está competindo no mercado sabe que há “falhas geológicas” indetectáveis sob nossos pés e que podem gerar um “tremor” a qualquer instante sem que estejamos preparados.

O que fazer?

Exatamente o disse o Marquês de Alorna:

“Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.

E o que isso quer dizer para a nossa vida de jogador? Que lições podemos tirar desse conselho a D. José?

Sepultar os mortos

Significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso “sepultar” o passado.

Colocar o passado debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado. Pouco ou nada resolve abrirmos uma “sindicância” para descobrir os culpados pelo terremoto.

Eu vejo até topicos no Orkut sobre a pior Bad Beat...

Também não adianta ficarmos discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido. Ou ainda se Lisboa estivesse situada fora da falha geológica que gerou o terremoto.

Cuidar dos vivos

Significa que depois de enterrar o passado, temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto ou do seu torneio.

Muitas pessoas não conseguem dar foco ao presente para “cuidar dos vivos”. Vivem o tempo todo na ilusão do que poderia não ter ocorrido. Não conseguem se desligar. Não têm energia para “cuidar dos vivos” ... isso podemos chamar de Tilt...

Fechar os portos

Significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossas fichas ou do nosso torneio ou até do nosso Bank roll.

Significa não permitir que novos problemas nos desviem do “cuidar dos vivos”.

Fechar os portos também é necessário porque quando você está passando por um “terremoto”, seus adversários e inimigos sabem de sua fragilidade e possível desesperança.

E aí quererão aproveitar-se de sua fraqueza.

Se você deixar seus “portos” abertos poderá ter que lutar contra os invasores, vampiros e abutres que virão espreitar a sua desgraça. Feche os portos!

Não entre na mão seguinte só para tentar recuperar a Bad Beat !!!!!!

Os conselhos do Marquês de Alorna a D. José são de uma sabedoria indiscutível. Serviram para a reconstrução de Lisboa em 1755 e servem para nossas carreiras e jogos do seculo XXI.

É assim que a história nos ensina. Por isso a história é “a mestra da vida”.

Portanto, no proximo torneio quando você ou suas fichas enfrentarem um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos!

Pense nisso.

Sucesso!

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