Realidade é a gente que inventa. A gente pode brincar que é feliz e
fica sendo. Igual quando se dedilha uma canção… quem faz o som senão as
nossas próprias mãos?
A gente é capaz de fazer nuvem da poeira e nem sabe… só precisa levantar e sacudir.
A gente traz no peito uma máquina que fabrica sonhos só nossos, mas
a máquina não funciona se a gente não der corda e emperra se a gente
não usa.
E Deus lá criaria alguma coisa sem utilidade?
Tem que sonhar, tem que querer.
Eu sempre quero e aprendi a fazer colar com as lágrimas que caem
quando um sonho sai meio torto. O sonho eu levo de volta para a forma,
pra ver se ganha outro molde, e o colar eu penduro no pescoço que é pra
tristeza ficar bonita.
(Sabrina Davanzo do poético blog Inverso Meu.)
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