A única certeza que existe é a de que tudo, na vida, está sempre se transformando. Como um caleidoscópio girando: o sol retocando os dias a partir da escuridão, moléculas formando regatos, riachos e rios que vão em frente alterando correntes na imensidão, árvores soprando sementes que os arqueiros do vento arremessam como flechas para fecundar outro chão. Você já observou a lagarta? Deixa o casulo para se tornar borboleta porque há sonhos demais dentro dela querendo voar! Enquanto existirmos, nada permanecerá. No entanto, por que será que nos apegamos tanto ao que nos acostumamos – gestos, crenças, palavras, caminhos? Como um trem que, não podendo optar, segue sem destino, se agarrando todo dia ao mesmo trilho. Sem reconsiderar, sem arriscar, amaldiçoando a sorte por não brilhar. Por que será que tantas vezes tememos tomar a vida nas mãos ainda que isso possa nos levar a reinventar o mundo e o que somos? Por que evitamos nos afastar do cais se só assim aprendemos a lidar com os movimentos do mar? Nascemos para crescer, florescer, germinar,para iluminar o céu como chuvas de prata. E a magia está nas escolhas que fazemos. Você pode mover o caleidoscópio ou continuar parado observando, acordar ou permanecer adormecendo, ir em frente ou ficar esperando. Tudo pode ficar melhor do que está. E ficará. O que você está fazendo para mudar?
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